Home > Nós NÃO somos o Brasil do Agro!
O Brasil é frequentemente reconhecido como uma potência agropecuária mundial. SERÁ QUE REALMENTE SOMOS?
Na verdade, bem lá no fundo, se formos analisar, somos o Brasil das Commodities. Esse sim é o slogan que nos cai bem.
As commodities são produzidas em larga escala e integram o comércio global, representando uma parcela considerável das exportações do país.
No entanto, ser uma potência no agronegócio vai além da produção massiva desses produtos; requer um investimento abrangente em todo o setor agropecuário.
Claro, não podemos negar, no contexto agrícola, as commodities referem-se a produtos básicos e padronizados que são importantes para o comércio internacional e são essenciais para a economia brasileira, contribuindo significativamente para o nosso PIB e as exportações.
No entanto, a dependência excessiva de commodities pode tornar a economia vulnerável a flutuações nos preços globais e nas demandas internacionais. Isso destaca a necessidade de diversificação e de agregar valor ao que é produzido.
Diversificação e Valor Agregado: Para realmente ser o “Brasil do Agro”, é necessário investir em diversificação. Isso inclui incentivar a produção de culturas menos convencionais e o desenvolvimento de produtos com maior valor agregado. Processar as commodities internamente para exportar produtos acabados pode aumentar a competitividade e a resiliência econômica.
Inovação e Tecnologia: Investir em inovação e tecnologia é crucial. A modernização das práticas agrícolas, o uso de tecnologia de ponta como agricultura de precisão e a biotecnologia podem aumentar a produtividade e a sustentabilidade do setor. Isso também engloba a digitalização das operações agrícolas e o uso de dados para otimizar o manejo e a logística.
Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental: O Brasil deve liderar práticas agrícolas sustentáveis, protegendo seus vastos recursos naturais. Isso inclui práticas de agricultura regenerativa, conservação da biodiversidade e gestão eficiente dos recursos hídricos. A adoção de práticas sustentáveis pode também abrir novos mercados internacionais que exigem padrões ambientais rigorosos.
Suporte ao Pequeno Produtor: O fortalecimento do pequeno e médio produtor é vital. Eles desempenham um papel essencial na segurança alimentar e na diversidade agrícola do país. Oferecer apoio técnico, facilitar o acesso ao crédito e integrar esses produtores em cadeias de valor maiores são passos importantes para o desenvolvimento inclusivo do setor.
Eu diria que oferecer suporte e visibilidade ao pequeno produtor é fundamental para o desenvolvimento do nosso país. Esta ação é o que realmente nos transformaria em um Brasil verdadeiramente do AGRO.
Não podemos continuar promovendo a ideia de que somos uma potência agropecuária enquanto deixamos mais de 77% dos nossos produtores rurais à margem do desenvolvimento socioeconômico e ocultos no que podemos chamar de “sombra analógica de dados”.
A Sombra Analógica: A “sombra analógica” se refere à falta de dados e visibilidade REAL dos pequenos e médios produtores. Esses, embora vitais para a segurança alimentar, permanecem em grande parte “ignorados” em registros digitais e análises de mercado. A coleta de dados entre pequenos e médios produtores rurais enfrenta inúmeros desafios no Brasil. Primeiro, há a dificuldade inerente de acessar essas propriedades, muitas vezes localizadas em áreas remotas e de difícil acesso. Isso torna a coleta de dados uma tarefa onerosa e logisticamente complexa. Além disso, a falta de infraestrutura tecnológica no campo impede o uso de ferramentas digitais para registrar e analisar informações de forma eficiente. Muitas tecnologias de ponta, que poderiam facilitar essa coleta, são caras e inacessíveis para a maioria dos produtores familiares, que permanecem em grande parte não digitalizados. Essa desconexão tecnológica significa que informações valiosas sobre práticas agrícolas, rendimentos e desafios enfrentados por esses produtores não são captadas adequadamente. Isso cria um hiato significativo no qual informações valiosas são perdidas, prejudicando políticas públicas e oportunidades de negócio.
Impacto no PIB: De acordo com o CEPEA, o PIB do agronegócio pode corresponder por 21,8% do PIB do Brasil em 2024. E, desse total, estima-se que ~25% são originários de propriedades de pequenos empreendedores rurais. Neste sentido, a agropecuária familiar pode representar ~5% do PIB brasileiro. Essa parcela do PIB é crítica não apenas para a economia, mas também para a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável do país. No entanto, a falta de dados concretos e acessíveis impede um aproveitamento total desse potencial, resultando em oportunidades de mercado perdidas e crescimento econômico limitado.
Falta de Acesso a Financiamento: Pequenos produtores frequentemente enfrentam dificuldades em acessar créditos e financiamentos devido à falta de informações que comprovem sua capacidade de pagamento e planos de negócio viáveis.
Ineficiência nas Políticas Públicas: Governos não conseguem formular políticas adequadas sem dados precisos, resultando em programas de apoio que podem não atender às necessidades reais dos produtores.
Desperdício de Recursos: Sem dados, há um uso ineficiente dos recursos naturais e financeiros, limitando inovações e melhorias na cadeia produtiva.
Falta de Integração de Cadeias Produtivas: Empresas perdem a oportunidade de integrar produtores familiares em suas cadeias de suprimento, garantindo uma diversidade maior de produtos e a sustentabilidade de suas operações.
Perda de Canais de Distribuição e Vendas: Sem informações detalhadas sobre localização e produção, empresas de alimentos perdem a oportunidade de estabelecer parcerias diretas, reduzindo intermediários e melhorando a logística.
Redução da inteligência e abertura de mercado: As grandes corporações, sem dados, perdem a oportunidade de abertura de novos mercados.
Limitação da Rastreabilidade e Sustentabilidade: Corporações podem perder a garantia da rastreabilidade de seus produtos desde a origem, atendendo a demandas crescentes por alimentos sustentáveis e socialmente responsáveis.
Democratização do Acesso à Inteligência de Dados: A ManejeBem está comprometida em trazer luz a essa sombra, utilizando tecnologias simples, como o WhatsApp, para facilitar a comunicação entre técnicos e produtores. Este método não só é acessível, mas altamente eficaz na coleta de dados em tempo real. Através da assistência técnica e extensão rural, transformamos conversas cotidianas em insights estratégicos.
Empoderamento dos Produtores: Fornecemos ferramentas e dados que capacitam os pequenos produtores a melhorar a produtividade e eficiência de suas operações.
Integração em Cadeias Produtivas: Aumentamos a visibilidade desses produtores, permitindo que integrem cadeias de abastecimento maiores, com garantias de qualidade e sustentabilidade.
Iniciativas Sustentáveis: Com dados precisos, promovemos práticas agrícolas sustentáveis que conservam recursos e aumentam a resiliência econômica dos produtores.
A ManejeBem não está apenas capacitando pequenos produtores—estamos transformando a agricultura e pecuária familiar em um componente visível e vital da economia brasileira. Com estratégias de dados inovadoras e acessíveis, criamos um vínculo crucial entre os produtores e os setores que podem apoiá-los e prosperar juntos. O futuro do agro no Brasil depende do empoderamento desses produtores, e estamos comprometidos em liderar essa mudança, transformando desafios em oportunidades estratégicas para todos os envolvidos.
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